“Sonho de Nordestino
Na virada do Ano”.
Quando faltam poucas horas
Pro fim de dois mil e três,
O poeta se inspira
E compartilha com vocês,
Mais um ano terminando
Eu continuo rimando
Sem ter hora, dia ou mês.
O Sonho
de Nordestino
Veio na minha inspiração,
Na
virada do Ano
Onde trago a narração,
No momento escurecendo
Eu, outro cordel escrevendo
Pois é a minha função.
01.
Hoje cedo eu pedalava
Por nossa Serra do Cuité,
Hora era no estradão
Testando a força do pé,
Ou na encosta da Serra
Onde a turma não se emperra
Com paciência e com fé.
Pedalando observamos
Como é bela a natureza,
Mesmo a paisagem seca
É completa de beleza,
Até água num riacho
Encontramos serra abaixo
Só não tinha correnteza.
O Sonho de Nordestino
Quando o ano está virando,
É ver água no riacho
Pelos roçados se espalhando,
Ver molhado o seu chão
Ver crescer a plantação
E ele na terra trabalhando.
02.
O Sonho de Nordestino
É não deixar o seu lugar,
Ter inverno criador
Para poder trabalhar,
Ver planta sair do chão
Alimentar sua criação
E ter sustento no lar.
Daqui a alguns instantes
Tem Mega Sena do Milhão,
Tem brasileiro sonhando
Pensando em ficar ricão,
Enquanto o nordestino
Pede chuva desde menino
Pra molhar a plantação.
O nordestino que falo
É aquele de valor,
Que nunca sentiu vergonha
De ser um agricultor,
Com disposição pra trabalhar
Pede inverno sem parar
E tem pela terra amor.
03.
Mais um ano que termina
Com o brasileiro sonhando,
Só falam em Copa do Mundo
E a saúde se acabando,
Enquanto o nordestino
Vai seguindo o seu destino
Com orgulho trabalhando.
Essa noite estou em casa
Com meu filho e a mulher,
Mais um ano que termina
E conservamos a fé,
Pedindo saúde e Paz
Pra nós três e os demais
E seja o que Deus quiser.
E eu como nordestino
Defendo nosso torrão,
Sou filho de agricultor
Com orgulho e com razão,
Pois assim é Flávio Dantas
Que hoje as poesias são tantas
Como o Poeta do Povão.
Jaçanã – RN, 31/12/2013.
Precisamente: 18:24 horas.
Cordel de nº 513.
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