1º de
trinta e um cordéis que lançarei em janeiro de 2014. (um por dia).
“Voltando
Pro Meu Passado”.
Em
primeiro de janeiro
Escrevendo
não estou só,
Não falta
inspiração
Nem rima
nesse gogó,
Voltando
pro meu passado
Não tem
sujeira de lado
Nem de cocaína
é o pó.
Hoje cedo
eu matutava
Com
vontade de escrever,
Enquanto
muitos descansam
Passaram a
noite à beber,
Eu estou
muito feliz
Escrever
agora eu quis
Pois é
esse o meu viver.
01.
Vou voltar
pro meu passado
Nos anos
setenta em Jaçanã,
Cidade que
eu defendo
E com
certeza sou fã,
No alto da
serra brilhando
Um ano
novo festejando
No clarear
da manhã.
Em
primeiro de janeiro
Naqueles
tempos atrás,
Realmente
se festejava
Num clima
de muita Paz,
De drogas
pouco se falava
Pois em
lugar grande estava
O festejo
era bom demais.
Pessoas se
confraternizavam
Onde se
via felicidade,
Diferente
de hoje em dia
Um caçuá
de falsidade,
Outro ano
começando
Bom
inverno se esperando
Num desejo
de verdade.
02.
Eu menino
beradeiro
Vencido
pela timidez,
Quando ia
na cidade
Era
comprar pão francês,
Ou bolacha
pra minha avó
Não tinha
rima no gogó
Pois não
era chegada a vez.
A casa de
minha avó
Mais
parecia um hotel,
Quem
passava na estrada
Ali
encontrava um Céu,
Não saia
sem comer
Tinha
comer à ferver
De
sobremesa até mel.
A casa
tinha poucos quartos
Tinha era
salas e armador,
Para caber
muitas redes
Pro
descanso merecedor,
Tinha na
panela feijão
Tinha Ana
de Seu João
Num clima
de Paz e Amor.
03.
Nas ruas
de Jaçanã
Não tinha
a Festa do Caju,
Tinha a
Festa da Padroeira
Que
recordo para tu,
Era uma
confraternização
Pra todos
da região
E carnaval
com papangu.
Como é bom
recordar
Daqueles
tempos atrás,
Onde a
modernidade
Não
estragava amor de pais,
Não tinha
o computador
Só o que
sobrava era amor
A saúde, o
carinho e a Paz.
Por isso
eu registrei
Em mais
uma narração,
Uma visita
ao passado
Num poço
de recordação,
Pois as
lembranças são tantas
Na mente
de Flávio Dantas
O Poeta do
Povão.
04.
Jaçanã –
RN, 01/01/2014.
Cordel nº 514.
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