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domingo, outubro 13, 2013

Hoje pela manhã, em Campina Grande - PB.

"Flávio Dantas,
50 Anos Depois".




O poeta está presente
Nessa casa de oração,
Pra falar de uma história
Durante essa narração,
São cinquenta aniversários
Nos mais diversos cenários
Que festejei com razão.

Pois fazem cinquenta anos
Que esse poeta nasceu,
Aqui mesmo em Campina
Onde tudo aconteceu,
Na Rua Silva Jardim
Sendo um orgulho pra mim
E pra quem me conheceu.        01.

Esse fato aconteceu
No ano sessenta e três,
Meus pais chegavam a Campina
De filhos, trazendo seis,
Vindos da Serra do Cuité
Com orgulho, amor e fé
Pois era chegada a vez.

Tendo como mãe Severina
Uma mulher de valor,
Tendo como pai Edmundo
Um motorista e agricultor,
Décimo quinto filho do casal
Num lar de união genial
E com certeza de amor.

Nossa casa era simples
Mas reinava união,
Nosso pai ganhava a feira
Dirigindo um caminhão,
Severina nos criando
Não vivia reclamando
Ela sabia repartir o pão.         02.
Por seis anos nós moramos
Na Rainha da Borborema,
Se compararmos com hoje
Essa cidade era pequena,
Aqui esse poeta nasceu
Por seis anos aqui cresceu
Ao partir, saiu com pena.

Lembro do Beco da Facada
E do Circulo Operário,
Sendo na Silva Jardim
Mesmo simples e lendário,
Eu ia com mãe pra feira
E ainda recordo a carreira
Com o rapa no cenário.   

Minha família retornava
Pra querida Jaçanã,
Cidade que eu defendo
E com certeza sou fã,
Uma irmãzinha deixei aqui
Que partiu mesmo guri
Dela recordei esta manhã.    03.
Começa os anos setenta
Eu comecei a estudar,
Um menino encabulado
Que mal sabia falar,
Eu sofri bullying demais
Com certeza fui capaz
Dos obstáculos ultrapassar.

Aos poucos eu fui crescendo
Lá na Serra do Cuité,
Sempre um menino tímido
Com respeito e muita fé,
Na saia da mãe pegado
Como sempre encabulado
Indo pra escola a pé.

Eu estudei em Jaçanã
Como também em Coronel,
Estudei em Nova Floresta
Que hoje lembro em cordel,
Estudei lá em Cuité
Dessa vez não foi a pé
Usando lápis e papel.       04.
Da quinta a oitava série
Tive quatro reprovações,
Chegando ao Ensino Médio
Conclui duas formações,
Técnico Agrícola com valor
Magistério pra ser professor
Ultrapassei as decepções.

Disse não a Aeronáutica
Já na hora de entrar,
Disse não a ETFERN
Curso de Mecânica pra iniciar,
Iniciei Magistério em Santa Cruz
Ser professor seria a luz
Pois meu destino era ensinar.

No Rio Grande do Norte
Sou professor estadual,
Na cidade de Nova Floresta
Sou professor municipal,
Sou graduado em Geografia
Não sei se isso eu queria
Trabalho com humildade e moral.      05.
E por mais de vinte anos
Estou na educação,
Sou até especialista
Em um curso de gestão,
Por vários anos fui gestor
Por mais tempo sou professor
Com suor, ganhando o pão.

É claro que nessa vida
Eu encontrei meu amor,
Uma jovem muito bela
Do meu jardim é a flor,
Por Lucicléa chamada
Por esse poeta amada
Mulher simples, de valor.   

União que me daria
Um filho especial,
Obediente aos pais
Com respeito e moral,
É Arthur que está presente
Nos meus cinquenta contente
Numa alegria total.    06.
Cinquenta anos se passaram
Hoje estou para agradecer,
A todos que nessa vida
Fizeram parte do meu viver,
E nesse momento especial
Agradeço a todo esse pessoal
Que me escuta com prazer.

Obrigado Padre Dagnaldo
Por permitir eu ler esse cordel,
Obrigado Verônica da secretaria
E também a Maria do Céu,
A José Rodrigues de coração
Eu agradeço pela atenção
Quando lhe falei do meu papel.

Agradeço aos meus familiares
Que vinheram comigo de Jaçanã,
Pra juntos participarmos
Dessa missa pela manhã,
Lembrar da Rua Silva Jardim
Que não foi feita só pra mim
É uma das que eu sou fã.    07.
E cinquenta anos depois
Está aqui o poeta quis,
Participar dessa missa
E ler o verso que fiz,
Aqui eu fui batizado
Como católico aclamado
E sempre procurando ser feliz.

Campina do Açude Velho
E de belezas estruturais,
Uma cidade universitária
Onde os cursos são legais,
Campina do seu São João
Que já virou tradição
E de um clima bom demais.

E cinquenta anos depois
Eu agradeço de coração,
A Edmundo e Severina
Hoje noutra dimensão,
Que deram a vida a Flávio Dantas
Proporcionando alegrias tantas
Como o Poeta do povão.   08.

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