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sábado, outubro 12, 2013

Cordel de nº 500!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

“Flávio Dantas 50 Anos,
Minha História em Poesias”.


Em cordel vem um resumo
Com tristezas e alegrias,
“Flávio Dantas 50 Anos
Minha história em Poesias”,
Nele eu quero descrever
Minha vida com prazer
Onde milhares são os dias.

Sou filho de Campina Grande
Com raízes no Sertão,
Nascer na Rainha da Borborema
Me encheu de inspiração,
Não esquecendo Jaçanã
Que eu defendo e sou fã
E deixa feliz meu coração.

Este ano pro poeta
Com certeza é especial,
Completo cinquenta anos
Com humildade e moral,
Me sinto muito feliz
Está aqui eu sempre quis
Nesse momento genial.          01
Vou trazer cinquenta estrofes
Em cada uma um fato marcante,
Cada qual registra um ano
Num resumo importante,
Poucas coisas vou citar
Pra no momento registrar
Com orgulho nesse instante.

A primeira é em Campina                 1963.
No ano sessenta e três,
Onde Dona Severina
Foi a rainha da vez,
Trazendo ao mundo Flávio Dantas
Junto com alegrias tantas
E outubro era o mês.

Acredito que em sessenta e quatro       1964.
Meus primeiros passos dei,
Na Rua Silvia Jardim
Com Edmundo caminhei,
Isso em Campina Grande
Que o Açude Velho esconde
As coisas que não lembrei.

E chega sessenta e cinco                  1965.
Meu pai sempre trabalhando,
Severina com seu amor
Seus filhos ali criando,
Campina que quero bem
Tem um filho de parabéns
Que nunca tá reclamando.   02.
Durante sessenta e seis         1966.
Eu continuei crescendo,
De grande só a cabeça
Com bullying  talvez sofrendo,
Era encabulado demais
Defendido por meus pais
E o meu avô João perdendo.

Entrando sessenta e sete       1967.
Eu visitando a Jaçanã,
Vovó me paparicava
Nessa serra quase chã,
Trazido de caminhão
Era aquela sensação
No clarear da manhã.

Durante sessenta e oito          1968.
Indo a feira de Campina,
Não soltava a saia de mãe
Pois no momento era a sina,
Com o rapa me assustava
De Severina não desgrudava
Feito pote, água e tina.

No final de sessenta e nove       1969.
Meus pais retornam à Jaçanã,
Trazendo seus oito filhos
Pra essa serra quase chã,
Sandra sendo pros meus pais
Um símbolo forte de Paz
Como a beleza da manhã.     03.
Em Jaçanã, em setenta      1970.
Comecei à estudar,
Um menino emcabulado
Que mal sabia falar,
Era na Escola reunida
Que jamais foi esquecida
Por este poeta popular.

Do ano setenta e um       1971.
Busco na recordação,
Meu curral de boi de osso
Como uma diversão,
Segundo ano estudando
Umas hortinhas aguando
Sempre com disposição.

Lembrei de setenta e dois       1972.
Numa viajem à Natal,
Estando na casa de vovó
Curtindo o clima do litoral,
Na rodoviária tinha maçã
Que mãe trazia pra Jaçanã
Com um cheirinho especial.

Se lembro setenta e três      1973.
Sinto um aperto no coração,
Com a partida de Sandra
Hoje uma feliz recordação,
Mãe sofreu até demais
Pois Sandrinha era a Paz
Nesse lar de união.           04.
Setenta e quatro que partiu         1974.
A nossa querida avó,
Com certeza lá no Céu
Seu João não ficava só,
O primário eu terminava
Muito tímido continuava
Magro, parecendo um socó.

Entrando setenta e cinco               1975.
Fui estudar em Coronel,
Muita queda de bicicleta
Que lembro nesse cordel,
Minha primeira reprovação
Um tropeço na educação
Que pra mim não foi um Céu.

Quando é setenta e seis            1976.
Passo a estudar em Cuité,
Continuo a trabalhar
No sítio com garra e fé,
Tenho outra reprovação
Na 5ª série sou bi-campeão
E sigo em frente de pé.

No ano de setenta e sete                    1977.
No colégio fui aprovado,
No sítio ajudo a mãe
Com porcos e com roçado,
De pai lavo o caminhão
De vez em quanto um carão
Só que estava acostumado.                    05.
Já era setenta e oito                           1978.
Em Nova Floresta estudando,
A Cabana era inaugurada
Eu já estava frequentando,
Nos estudos não passei
Na sexta série continuei
Como teimoso tentando.

Entrado setenta e nove           1979.
Eu continuei a crescer,
Numa década em que até puxa
Tive a oportunidade de vender,
Nos estudos fui aprovado
Por mãe eu fui parabenizado
Por essa etapa vencer.

E chega os anos oitenta                1980.
Mais uma reprovação,
Com certeza nessa linha
Já era tetra-campeão,
Minhas hortas aguando
O caminhão sempre lavando
Sem esquecer do carão.

Entrando oitenta e um                   1981.
Vim estudar em Jaçanã,
Na CENEC aprovado
Tendo em mãe uma fã,
Santa Cruz era alagada
Muitas casas arrastadas
No cenário sapo e rã.         06.
Jaçanã em oitenta e dois          1982.
O ginásio eu terminei,
Zé Agripino governador
Foi o primeiro voto que dei,
Fiz paródias pra eleição
Fiz versos pra Bigodão
Até uma radiola ganhei.

No ano de oitenta e três             1983.
Fui estudar em Natal,
Morando na casa de Edi
No nosso belo litoral,
Em supermercado trabalhei
Onde nos estudos passei
Não sendo um aluno genial.

Já era oitenta e quatro              1984.
Fui estudar em Ceará Mirim,
No meio do ano na ETFERN
Só que não era pra mim,
Minha mãe em Jaçanã
Era minha eterna fã
Como as rosas do seu jardim.

Recordo oitenta e cinco             1985.
Seu Edmundo trabalhando,
Quando eu vinha do agrícola
Observava ele se esforçando,
Com sua simplicidade
Foi um pai que na verdade
Não deixou nada faltando.      07.
E entra oitenta e seis             1986.
Ano de muita felicidade,
Concluo o Segundo Grau
Pensando em faculdade,
Em vestibular não passei
Como técnico me formei
Voltando pra minha cidade.

No ano de oitenta e sete        1987.
No sítio eu trabalhava,
Apenas por diversão
Em Cuité eu estudava,
Na palhoça me divertia
O futebol era uma alegria
E a vida continuava.

E chega oitenta e oito            1988.
Fui morar em Santa Cruz,
Paulo Jáder me levou
Tendo na cerâmica uma luz,
No Magistério entrei
Em setembro retornei
Com as bênçãos de Jesus.

Já era oitenta e nove                1989.
Estudando em Cuité,
Fiz o Concurso do Estado
Fui aprovado com fé,
Já com Cléa namorando
Ela quase me escapando
Vejam só como é que é.          08.
Entrava os anos noventa          1990.
Fui ensinar em Gurjaú,
Nessa serra maravilhosa
Com destaque pro caju,
Começava como professor
Onde mostraria valor
Não somente para tu.

Em janeiro de noventa e um      1991.
Chega o meu casamento,
Um momento inesquecível
Que não sai do pensamento,
Numa capela em Santa Cruz
Tendo em Cléa minha luz
No enlace desse momento.

Já era noventa e dois            1992.
A vida continuava,
Na nossa atual residência
O jovem casal morava,
Cléa também ensinando
No final do ano embarrigando
Coisas que o destino preparava.

E chega noventa e três              1993.
Bem no mês de São João,
Tem a chegada de Arthur
Fruto dessa união,
Severina abençoando
Todo mundo festejando
Momento que não esqueço não.          09.
Minha vida continua           1994.
Na minha casa são três,
Estou em noventa e quatro
Só não sei dia nem mês,
Muita dor Arthur passou
Com um dente que entrou
Acidentado na vez.

E chega noventa e cinco            1995.
Venho trabalhar em Jaçanã,
Na Terezinha Carolino
Escola que me tornei fã,
Fiquei na secretaria
A diretora era minha tia
Que me escuta esta manhã.

No ano de noventa e seis                 1996.
Na Manoel Fernandes fui ensinar,
Trabalhando com a EJA
Com amizades a conquistar,
Minha vida continuando
E eu jamais reclamando
Tendo alegrias no lar.

Já era noventa e sete                1997.
E a vida continuava,
Arthur em Nova Floresta
Com certeza estudava,
Também no sítio trabalhei
Minhas hortas eu plantei
Até na feira atuava.                   10.
No ano de noventa e oito          1998.
Após em concurso aprovado,
Fui trabalhar em Nova Floresta
Como professor concursado,
Cléa passou também
Foram duplos os parabéns
No momento comemorado.

E entra noventa e nove           1999.
Fomos estudar em Natal,
Isso na quinta e sábado
Num esforço especial,
Buscando graduação
Exigidos pela educação
Sendo a nível nacional.

E chega o ano dois mil             2000.
Continua o vai e vem,
Pai e mãe com a saúde
Com certeza não estão bem,
A vida continuando
Eu e Cléa ensinando
Sem reclamar de ninguém.

Lembro de dois mil e um             2001.
O mundo não acabou,
Já é o novo milênio
E a vida continuou,
Nasce a Festa do Caju
Isso eu lembro pra tu
Que em Jaçanã se firmou.                 11.
Dois mil e dois de sufoco                  2002.
Com a doença de meus pais,
Sei que não correspondi
Quando precisaram bem mais,
Esse é meu jeito de ser
Que não mudei ao crescer
Coisa que em mim dói demais.

E chega dois mil e três                       2003.
Severina vai pro Céu,
Termino a Universidade
Cumprindo o meu papel,
Tendo alegrias e dor
Iniciando como gestor
E publicando o 1º cordel.

Entra dois mil e quatro                  2004.
Edmundo parte também,
Caminho só pelo sítio
E choro sem ver ninguém,
Recordo o seu carão
Lembro do seu caminhão
Que dirigia tão bem.

Estou em dois mil e cinco              2005.
No Terezinha tenho aprovação,
A comunidade escolar
Nos conduziu em eleição,
Na posse com muita fé
Declamei aplaudido de pé
No Teatro Alberto Maranhão.              12.
E chega dois mil e seis                2006.
Continuo com meus cordéis,
Declamo para matutos
E também pra coronéis,
Num canto sou professor
No outro estou gestor
Gastando lápis e papéis.

No ano de dois mil e sete             2007.
Eu fui pra reeleição,
Dessa vez teve disputa
Tivemos outra aprovação,
Em Natal eu declamei
Muitos aplausos ganhei
Como o Poeta do Povão.

E chega dois mil e oito                 2008.
A vida continuando,
Na Paraíba e RN
Continuo trabalhando,
O sítio não esquecendo
Sempre um novo cordel lendo
E a fama se espalhando.

Estou em dois mil e nove            2009.
O Terezinha entreguei,
Pra minha sala de aula
No ano seguinte retornei,
Minhas poesias se espalhando
Em muito canto chegando
Com isso muito me alegrei.            13.
E chega dois mil e dez               2010.
Que multiplico por cem,
Gozo licença do Estado
Concedida por alguém,
O meu livro escrevendo
Também um curso fazendo
Como sempre muito bem.

Tentei em dois mil e onze         2011.
Para gestão retornar,
Perdemos a eleição
E sai sem me magoar,
Pois surpresa me esperava
No ano que aguardava
Que vou agora citar.

Pois foi em dois mil e doze           2012.
Que cortei o Brasil em Excursão,
Deixei até um cordel
No Memorial de Gonzagão,
No Velho Chico naveguei
No Rio de Janeiro declamei
Fui até Secretário de Educação.

E chega dois mil e treze              2013.
Com cinquenta aniversários,
Colocando Flávio Dantas
Nos mais diversos cenários,
Uma vida na educação
Com humildade e dedicação
Lembrando os sons de canários.      14.
Assim é Flávio Dantas
Que de frutas sempre gostou,
Bebê no colo da mãe
Alguns pingos saboreou,
De uma manga que mãe chupava
Eu na timidez degustava
Antes que ela notou.

Assim é Flávio Dantas
Que vendeu verdura na feira,
Vendeu puxa e poli
E teve suas brincadeiras,
Plantou hortas e irrigou
Pros pais nunca reclamou
São histórias verdadeiras.

Assim é Flávio Dantas
Comprando bolacha pra avó,
Usando roupas dos primos
Sem ter vergonha nem dó,
Sempre com honestidade
Conservando a humildade
E a rima no gogó.

Assim é Flávio Dantas
De Campina ou de Jaçanã,
Do Sertão ou litoral
Buscando conquistar fã,
Pra literatura de cordel
Que pra ele é um Céu
Tarde, noite ou de manhã.           15.
Agradeço neste momento
A todos os meus  familiares,
Que sempre me apoiaram
Onde diversos foram os lugares,
Através de Tia Geralda agradeço
Desculpem algum tropeço
Onde estiveram meus olhares.

Obrigados aos meus amigos
E desconhecidos também,
Que viram nesse poeta
Uma pessoa de bem,
Desculpem se magoei
Nos caminhos que passei
Nesse grande vai e vem.

Obrigado a Lucicléa
Que um dia aceitou,
Acompanhar esse matuto
Que tanto lhe aperriou,
Trazendo Arthur dessa união
Tendo de Deus a aprovação
Como o destino já mostrou.

E termino esse trabalho
Tomado de emoção,
Lembrando Edmundo e Severina
Presentes em recordação,
Que deram a vida a Flávio Dantas
Que hoje as vitórias são tantas
Passando a ser cinquentão.          16.

























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