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domingo, setembro 29, 2013

Lançamento dominical!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

29º de 30 cordéis que lançarei em setembro de 2013, se Deus quiser.


“Três em Um, Numa Viagem ao Passado”.

Meu velho rádio


Um companheiro do poeta
Que é quase inseparável,
É um moto-rádio à pilha
Que parece inquebrável,
Foi herança de meu pai
Com preço inestimável.

Comprado em setenta e quatro
Pai o usava no futebol,
E também lá pelo sítio
Era usado em sombra e sol,
Passando de pai pra filho
Parecendo um caracol.

Certo dia lá nas hortas
No tanque ele caiu,
De roupa mergulhei
Pancada ele não sentiu,
Pois no fundo eu esperava
Foi o poeta que o acudiu.

Meu velho rádio de pilha
Minha grande distração,
Companheiro com certeza
E fonte de inspiração,
Alegria pra Flávio Dantas
O Poeta do povão.


Na mascada do fumo


Judite, uma moça velha
Das bandas do Catolé,
Moça velha rabugenta
Briguenta em cabaré,
Do “suvaco” fedorento
E com “inhaca” no chulé.

Não pense que é só isso
Que a moça velha tem,
Pois um vício da coitada
Nunca contei pra ninguém,
Ela vive a mascar fumo
E o divide com alguém.

Compra do fumo de rolo
Corta fino pra mascar,
A gorda corre no canto
Com a boca a melar,
O seu vício é tão grande
Mascando em qualquer lugar.

Na mascada do seu fumo
Tritura e cospe no chão,
Mata cobra venenosa
Barata e até escorpião,
Só não mata Flávio Dantas
O Poeta do Povão.

O Caçuá da saudade


Certo dia eu escrevi
Buscando felicidade,
Quis lembrar as boas coisas
No campo e na cidade,
Foi por isso que abri
O Caçuá da saudade.
NO Caçuá encontrei
“Apragata” e combinação,
Tinha “kisuco” com pão doce
E também mão de pilão,
As aventuras de Camonge
E as missões de Frei Damião.

Tinha elemento pra rádio
E na dispensa o giral,
Tamborete pra sentar
E pro menino o mingau,
Oratório para reza
E cigarro de jornal.

Encontrei também “catemba”
E os cangaceiros de Lampião,
O “califon” e corpete
E cueca samba canção,
Isso tudo relembrado
Pelo Poeta do Povão.

Flávio Dantas
O Poeta do Povão
Jaçanã - RN, 29/09/2013
Cordel nº 491.

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