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sábado, abril 27, 2013

Do Caçuá de Poesias.



É muito bom recordar.


Cem anos de Gonzagão


No ano dois mil e doze
Terá festa no sertão,
Ao som do acordeão
Vai ter dança de montão,
Festejando com certeza
Cem anos de Gonzagão.

Foi em treze de dezembro
Que nosso mestre nasceu,
Ainda no século vinte
Onde tudo aconteceu,
De anos, ainda era doze
Que cito em cordel meu.

Na Fazenda Caiçara
Zona Rural de Exu,
Na Serra do Araripe
Eu confirmo para tu,
Estado do Pernambuco
Onde Luiz Nasceu nu.

Filho de Seu Januário
Que lhe ensinou a tocar,
Sua mãe Dona Santana
A rainha do daquele lar,
Era o começo de tudo
Pra esse artista popular.

Após levar uma surra
De sua casa ele fugiu,
Ingressando no Exército
No Ceará e pelo Brasil,
Em Minas, Juiz de Fora
Onde outra porta se abriu.

Após sair do Exército
Chega ao Rio de Janeiro,
Na zona do meretrício
Sem sucesso verdadeiro,
Na época em outro ritmo
Tentando ganhar dinheiro.

Tocando o vira e mexe
Com um sabor regional,
Faz sucesso e consegue
Um contrato especial,
Que abreria as portas
Pro cenário nacional.






Surge o Trio Pé de Serra
Se destaca no baião,
Toca forró e quadrilha
É adorado no sertão,
Arrasta pé e chamego
Vira artista da nação.

Corneteiro do Exército
Sanfoneiro do Brasil,
Admirado por artistas
Entre eles Gilberto Gil,
Defensor do nordestino
Nesse clima varonil.

No ano dois mil e doze
Chega o seu centenário,
Nosso Sertão Nordestino
Vai brilhar como cenário,
Um rei jamais esquecido
Como o canto do canário.

Bico de Aço, Velho Lua
Ou Majestade do Baião,
Xaxado ou arrasta pé
Tudo lembra Gonzagão,
Nosso verdadeiro rei
Forrozeiro do sertão.


Flávio Dantas, O Poeta do Povão.

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