É muito bom recordar.
Cem
anos de Gonzagão
No
ano dois mil e doze
Terá
festa no sertão,
Ao
som do acordeão
Vai
ter dança de montão,
Festejando
com certeza
Cem
anos de Gonzagão.
Foi
em treze de dezembro
Que
nosso mestre nasceu,
Ainda
no século vinte
Onde
tudo aconteceu,
De anos,
ainda era doze
Que
cito em cordel meu.
Na
Fazenda Caiçara
Zona
Rural de Exu,
Na
Serra do Araripe
Eu
confirmo para tu,
Estado
do Pernambuco
Onde
Luiz Nasceu nu.
Filho
de Seu Januário
Que
lhe ensinou a tocar,
Sua
mãe Dona Santana
A
rainha do daquele lar,
Era o
começo de tudo
Pra
esse artista popular.
Após
levar uma surra
De
sua casa ele fugiu,
Ingressando
no Exército
No
Ceará e pelo Brasil,
Em
Minas, Juiz de Fora
Onde
outra porta se abriu.
Após
sair do Exército
Chega
ao Rio de Janeiro,
Na
zona do meretrício
Sem
sucesso verdadeiro,
Na
época em outro ritmo
Tentando
ganhar dinheiro.
Tocando
o vira e mexe
Com
um sabor regional,
Faz
sucesso e consegue
Um
contrato especial,
Que
abreria as portas
Pro
cenário nacional.
Surge
o Trio Pé de Serra
Se destaca
no baião,
Toca
forró e quadrilha
É
adorado no sertão,
Arrasta
pé e chamego
Vira
artista da nação.
Corneteiro
do Exército
Sanfoneiro
do Brasil,
Admirado
por artistas
Entre
eles Gilberto Gil,
Defensor
do nordestino
Nesse
clima varonil.
No
ano dois mil e doze
Chega
o seu centenário,
Nosso
Sertão Nordestino
Vai
brilhar como cenário,
Um
rei jamais esquecido
Como
o canto do canário.
Bico
de Aço, Velho Lua
Ou
Majestade do Baião,
Xaxado
ou arrasta pé
Tudo
lembra Gonzagão,
Nosso
verdadeiro rei
Forrozeiro
do sertão.
Flávio
Dantas, O Poeta do Povão.
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