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terça-feira, setembro 10, 2013

Porteira do Passado.

10º de 30 cordéis que pretendo lançar neste mês de setembro de 2013. Se Deus quiser.

“A Minha Casa de Taipa”.

Eu sempre admirei
Desde os tempos de criança,
As precárias habitações
Hoje virando lembrança,
De taipa são as casinhas
Fruto de lembranças minhas
Mas, me enchem de esperança.

.

01.

Por mais simples que elas sejam
Possuem arquitetura,
Num trabalho artesanal
Completo de compostura,
Acho bonito demais
Abrigam filhos e pais
Numa vida muito dura.

Por mais simples o lugar
Comportam felicidade,
Sendo na zona rural
Ou arredor da cidade,
São bem seguras no chão
Terremoto ou furacão
Elas aguentam de verdade.

02.




Com a madeira da mata
A casa é construída,
Linha, vara e cipó
Tem a armação garantida,
Pedra e barro pra encher
Nas paredes a crescer
Tudo com a mão batida.

A casa é o cenário
Do nordeste brasileiro,
É a cara do sertão
Num relato verdadeiro,
Precisa de um cuidadinho
Sempre olhar num cantinho
Se não se esconde o barbeiro.

03.

A cama sempre é de vara
Com o colchão de capim,
A louça vai ser de barro
O fogão é num “cantim”,
Uma rede pendurada
Numa forquilha agarrada
Numa alegria sem fim

Uma casinha de taipa
Sempre me deixa encantado,
Merece preservação
Para lembrar do passado,
Isso tem dignidade
Sem esquecer a verdade
Por tempos vivenciado.

04

Jaçanã – RN, 10/09/2013.
Cordel nº 472.

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