Amigo
escute um pouco
As coisas
que eu vou falar,
Pare um
pouco e reflita
Não custa
nada tentar,
A água é muito preciosa
Preserva pra não faltar.
Lembro
que em oitenta e um
Um
desastre aconteceu,
Em primeiro de abril
Santa Cruz não esqueceu,
O rastro
de tanta água
Se viu
quando amanheceu.
Os anos
foram passando
Complicando
a situação,
A muita,
tornou-se pouca
Não
entendemos a razão,
Quando
alguém queria água
Comprava
um caminhão. 01.
Esse
problema é sério
Não
duvide com ninguém,
Levando
na brincadeira
Tá
prejudicando alguém,
Mas se tu
economiza
Eu te dou
os parabéns.
Pois são
muitas as cidades
Nessa
nossa região,
Que sofreram a falta de água
E algumas
ainda estão,
Não entendo o desperdício
De
pessoas sem coração.
No centro
desse meu verso
A cidade
de Santa Cruz,
Que um
dia foi cantada
Por ter o
motor da luz,
Como
todas, tem problemas
Pois
somos filhos de Jesus. 02.
Existia
uma promessa
Do
problema acabar,
Trariam alguma água
Encanada
pro lugar,
Mas
promessa de político
É difícil
de acreditar.
Os anos
foram passando
Aumentava
a aflição,
No ano que não chovia
Uns
compravam caminhão,
E o pobre sem dinheiro
Corria
com seu galão.
Muita
gente nesse tempo
Debandou
de Santa Cruz,
Procurando
noutro canto
Com
certeza uma luz,
Procurando
essa água
Na sede
que lhe conduz. 03.
Mas, se
um dia é da caça
Outro é
do caçador,
Enfim a água chegava
Doce que
nem lambedor,
Enchendo
de felicidade
Nosso
povo sofredor.
Não sei
se por uma faixa
Que se
lia ao passar,
Pregada lá na Matriz
Bem no
centro do lugar,
O povo
fazia a festa
Com
certeza sem parar.
Era a
grande adutora
Que
alegrava a multidão,
Deixando
triste na época
Os donos
de caminhão,
Pois agora vai ter água
Em toda
encanação. 04.
Adutora Monsenhor Expedito
Pra
todos, não só pra mim,
Trazendo água docinha
Da Lagoa do Bonfim,
Nem mesmo
os adversários
Nesse dia
achou ruim.
Acabaram as mudanças
Para
outra região,
Acabaram as grandes filas
Do pobre
com um galão,
Muitos filhos retornaram
A morar
nesse torrão.
Foram
muitas as cidades
Que a água receberam,
E comunidades
rurais
Só
algumas esqueceram,
Por onde
o cano passou
Da água o povo beberam. 05.
E chegou
a outras cidades
Como a
nossa Jaçanã,
Que
sofria com falta de água
Tarde,
noite e de manhã,
Cada dia mais escassa
Como postura de arribaçã.
Por isso
amigo ouvinte
Que está
a me escutar,
Não
entendo o motivo
Quando
vejo alguém falar,
Que
muitos à desperdiçam
Sem pensar em acabar.
Como é
que uma pessoa
Passando
o que passou,
Alguns
dias não teve água
Nem pro
café que coou,
Hoje tem, e desperdiça
Será que não
se educou. 06.
Será que
ao invés de cano
Preferem de caminhão,
Será que
ao invés de chuveiro
Preferem bacia, cuia e galão,
Esquecem
foi do sofrimento
Antes em
nossa região.
Se muitos
não se educarem
Começando a economizar,
Com
certeza essa água
Um dia
vai se acabar,
Nesse dia
será tarde
Com
certeza pra chorar.
E nesses anos de seca
Aumenta a complicação,
Pois
muitos à desperdiçam
Sem ter
preocupação,
Pensando
que não se acaba
O maior
tesouro da criação. 07.
Aproveitei
esse momento
Para de
água falar,
Pois se
hoje nós temos
Amanhã
pode se acabar,
Reflitam
com esse verso
Pois vale
a pena tentar.
Termino
agradecendo
A você
que ouvir ou ler,
Esse
cordel te alerta
Pois a água é viver,
Se a
mesma se acabar
Todos nós
vamos morrer.
Vamos usar essa água
Com
cuidado e razão,
Zelando essa adutora
Que pra
sede é solução,
Assim
pensa Flávio Dantas
O Poeta do Povão. 08.
Caro
leitor,
Este trabalho é um alerta aos
consumidores da água da Adutora
Monsenhor Expedito, nas Regiões Agreste e Trairi do Rio Grande do Norte.
Pois, a cada dia que passa, o problema pela falta de água potável aumenta,
principalmente pelos anos que chove abaixo do esperado.
Apoio:
Casa do Cordel
Rua
Severina Medeiro, 63
Centro,
Jaçanã – RN.
Poeta:
Flávio Dantas.
“Adutora
Monsenhor Expedito
Preserve pra não faltar”.
Coleção Própria =
Cordel nº 398
Autor: Flávio Dantas
O Poeta do Povão
Jaçanã – RN =
01/05/2013
Obrigado meu Deus pelo Dom
da Vida
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