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quarta-feira, maio 01, 2013

Adutora Monsenhor Expedito.



Amigo escute um pouco
As coisas que eu vou falar,
Pare um pouco e reflita
Não custa nada tentar,
A água é muito preciosa
Preserva pra não faltar.

Lembro que em oitenta e um
Um desastre aconteceu,
Em primeiro de abril
Santa Cruz não esqueceu,
O rastro de tanta água
Se viu quando amanheceu.

Os anos foram passando
Complicando a situação,
A muita, tornou-se pouca
Não entendemos a razão,
Quando alguém queria água
Comprava um caminhão.   01.
Esse problema é sério
Não duvide com ninguém,
Levando na brincadeira
Tá prejudicando alguém,
Mas se tu economiza
Eu te dou os parabéns.

Pois são muitas as cidades
Nessa nossa região,
Que sofreram a falta de água
E algumas ainda estão,
Não entendo o desperdício
De pessoas sem coração.

No centro desse meu verso
A cidade de Santa Cruz,
Que um dia foi cantada
Por ter o motor da luz,
Como todas, tem problemas
Pois somos filhos de Jesus.   02.
Existia uma promessa
Do problema acabar,
Trariam alguma água
Encanada pro lugar,
Mas promessa de político
É difícil de acreditar.

Os anos foram passando
Aumentava a aflição,
No ano que não chovia
Uns compravam caminhão,
E o pobre sem dinheiro
Corria com seu galão.

Muita gente nesse tempo
Debandou de Santa Cruz,
Procurando noutro canto
Com certeza uma luz,
Procurando essa água
Na sede que lhe conduz.   03.
Mas, se um dia é da caça
Outro é do caçador,
Enfim a água chegava
Doce que nem lambedor,
Enchendo de felicidade
Nosso povo sofredor.

Não sei se por uma faixa
Que se lia ao passar,
Pregada lá na Matriz
Bem no centro do lugar,
O povo fazia a festa
Com certeza sem parar.

Era a grande adutora
Que alegrava a multidão,
Deixando triste na época
Os donos de caminhão,
Pois agora vai ter água
Em toda encanação.   04.
Adutora Monsenhor Expedito
Pra todos, não só pra mim,
Trazendo água docinha
Da Lagoa do Bonfim,
Nem mesmo os adversários
Nesse dia achou ruim.

Acabaram as mudanças
Para outra região,
Acabaram as grandes filas
Do pobre com um galão,
Muitos filhos retornaram
A morar nesse torrão.

Foram muitas as cidades
Que a água receberam,
E comunidades rurais
Só algumas esqueceram,
Por onde o cano passou
Da água o povo beberam.  05.
E chegou a outras cidades
Como a nossa Jaçanã,
Que sofria com falta de água
Tarde, noite e de manhã,
Cada dia mais escassa
Como postura de arribaçã.

Por isso amigo ouvinte
Que está a me escutar,
Não entendo o motivo
Quando vejo alguém falar,
Que muitos à desperdiçam
Sem pensar em acabar.

Como é que uma pessoa
Passando o que passou,
Alguns dias não teve água
Nem pro café que coou,
Hoje tem, e desperdiça
Será que não se educou.   06.
Será que ao invés de cano
Preferem de caminhão,
Será que ao invés de chuveiro
Preferem bacia, cuia e galão,
Esquecem foi do sofrimento
Antes em nossa região.

Se muitos não se educarem
Começando a economizar,
Com certeza essa água
Um dia vai se acabar,
Nesse dia será tarde
Com certeza pra chorar.

E nesses anos de seca
Aumenta a complicação,
Pois muitos à desperdiçam
Sem ter preocupação,
Pensando que não se acaba
O maior tesouro da criação.  07.
Aproveitei esse momento
Para de água falar,
Pois se hoje nós temos
Amanhã pode se acabar,
Reflitam com esse verso
Pois vale a pena tentar.

Termino agradecendo
A você que ouvir ou ler,
Esse cordel te alerta
Pois a água é viver,
Se a mesma se acabar
Todos nós vamos morrer.

Vamos usar essa água
Com cuidado e razão,
Zelando essa adutora
Que pra sede é solução,
Assim pensa Flávio Dantas
O Poeta do Povão.  08.
Caro leitor,

          Este trabalho é um alerta aos consumidores da água da Adutora Monsenhor Expedito, nas Regiões Agreste e Trairi do Rio Grande do Norte. Pois, a cada dia que passa, o problema pela falta de água potável aumenta, principalmente pelos anos que chove abaixo do esperado.


Apoio:
Casa do Cordel
Rua Severina Medeiro, 63
Centro, Jaçanã – RN.
Poeta: Flávio Dantas.


“Adutora
Monsenhor Expedito
Preserve pra não faltar”.
Coleção Própria  =  Cordel nº 398
Autor: Flávio Dantas
O Poeta do Povão
Jaçanã – RN  =  01/05/2013
Obrigado meu Deus pelo Dom da Vida

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