“Museu
Casa de Taipa”.
Amigo que
me escuta
Ou mesmo
este verso ler,
Nele vem
uma história
Que é
sinônimo de prazer,
Falando
de um local
Que eu
pude conhecer.
Certa vez
eu viajei
Pro
litoral potiguar,
Em São Miguel do Gostoso
Foi onde
eu fui parar,
A Pousada Casa de Taipa
Procurei
pra me hospedar. 01.
Um
cenário de belezas
Nessa
pousada encontrei,
Os meus
olhos se encantaram
Num local
onde entrei,
O Museu Casa de Taipa
E ao
passado retornei.
Um
retorno ao passado
Que trago
agora em narração,
Objetos estão
ali
Chegando
por doação,
Resgatando
a cultura
Da nossa
população.
A casa
foi construída
Com a arte milenar,
Uma técnica do povo árabe
Que pôde
aqui chegar,
Através
dos portugueses
E aqui
veio a se espalhar. 02.
Moradia
construída
Com material da região,
Varas, ripas e madeira
E barro prensado então,
A madeira
entrançada
Completa
o barro com a mão.
Na
pousada, esta casa
Em museu foi transformada,
As peças
que estão ali
Por muita
gente foi doada,
Foram
pessoas da região
Ou por
turistas na estrada.
A frente
é uma beleza
Tem um banco pra sentar,
Tem Espada de São Jorge
Pro mal
olhado espantar,
Tem chocalho pendurado
E mandacaru pra embelezar. 03.
Entrando
na sala única
Que é
sala e cozinha,
Eu
retornei ao passado
Viajei na
memória minha,
No centro
a simplicidade
De uma mesa e uma quartinha.
Padre Cícero na parede
Já nos dá
a proteção,
Nossa Senhora e Santa
Bárbara
Traz um
cenário de devoção,
E o Coração de Jesus
Traz o
calendário com razão.
Um oratório com São Jorge
Faz o
visitante rezar,
A imagem
de Santa Rita
Também
está nesse lugar,
É a vida
do nordestino
Que
podemos vivenciar. 04.
Vários
utensílios de couro
Como o
famoso chapéu,
Pra quem
gosta de belezas
Essa
casinha é um Céu,
E hoje
serviu de mote
Pro poeta
em cordel.
Encontrei
além da mesa
Tamboretes no salão,
Lembrando
que de barro batido
Com
certeza é o chão,
Lá tem panelas de barro
E de madeira pilão.
Tem pote e arupemba
Cesto de palha e cristaleira,
Ferro de brasa na janela
E na
parede peneira,
Vassoura de palha e moinho
Tamborete de couro de primeira. 05.
Cabaça pra botar água
Pra
clarear lampião,
Xícara e copo
de louça
Prenderam
minha atenção,
E muitos
outros utensílios
Relíquias
da região.
Entrei no
primeiro quarto
E muita
coisa encontrei,
Cama com colchão de palha
Pra
preservar não deitei,
Em cima
um cobertor de lã
Só com a
mão eu toquei.
Oratório na parede
Como
manda a tradição,
Sabonete Alma de Flores
Que era
usado por ricão,
Pinico e guarda-chuva
Pra hora
da precisão. 06.
Uma rede na parede
E de ripa
um baú,
Tem disco de radiola
Eu
confirmo para tu,
E da
janela eu avistei
Um lindo pé de caju.
Num canto
um chapéu de palha
Símbolo
do nosso agricultor,
Um violão que nos lembra
Do famoso
cantador,
Um espelho e várias camisas
Dando ao
cenário valor.
Num
cantinho um cabaço
Que é
comprido por demais,
Conhecido
por moringa
Lembrando
tempos atrás,
Esse
quarto com certeza
É local
de muita Paz. 07.
Chegando
ao segundo quarto
Tem as muringas também,
Um tamborete, uma rede
Nesse
local também tem,
E uma cangaia pra burro
Pra vida
no vai e vem.
Num
cantinho, uma mucuta
Simplicidade
que dava dó,
Era a mala em que o pobre
Só não
carregava seu pó,
Essa mala é um saco
E o cadeado é um nó.
E chego a
um alpendre
Que não
poderia faltar,
Onde tem
mais utensílios
Pro nordestino usar,
No cenário
algumas plantas
Que dão o
toque de embelezar. 08.
O nosso fogão a lenha
Muito
forte em tradição,
Que nos
lembra feijoada
Bucho, tripa e pirão,
Lembra chaleira e café
E a
simples alimentação.
Um fogão que todo sábado
É
visitado demais,
Onde Marlos ali demonstra
As
habilidades que trás,
Preparando
um feijão
Que o
turista quer mais.
Pois esse
feijão de Marlos
Já virou
uma tradição,
Onde a Casa de Taipa
Se
destaca na região,
Ali cozido à lenha
Na panela, neste fogão. 09.
Lembrando
que tem o quengo
Pra tirar
ou pra mexer,
Tem tamborete pra sentar
Vassoura de palha pra varrer,
Tem ralador na parede
Muito
utensílios podem crer.
No alpendre tem serrote
Pra na
madeira usar,
No alpendre tem chibanca
Para quem
quiser cavar,
Outros
utensílios de ferro
Que não
poderiam faltar.
Tem faxina como muro
Que faz
parte da tradição,
Tem galinha no chiqueiro
Tem plantas da região,
É um
cenário especial
Que nos
trás recordação. 10.
Com
certeza essa casa
Vai dar
muitos documentários,
Muitas fotos serão tiradas
Em cada
um dos cenários,
Uma feliz
iniciativa
Dos sócios proprietários.
O Museu Casa de taipa
É um baú da saudade,
Um
resgate da cultura
Do campo
e da cidade,
Trazendo
pro visitante
Uma total
felicidade.
O Museu Casa de taipa
É um baú de recordação,
Que neste
dia encheu
Um poeta
de inspiração,
Conhecido
por Flávio Dantas
O Poeta do Povão. 11.
Agradecimentos
Aproveito essa oportunidade, para
agradecer aos sócios proprietários da Pousada
Casa de Taipa, em São Miguel do Gostoso – RN, por terem aberto as portas e
dado apoio a cultura popular da literatura de cordel. Dando atenção ao poeta Flávio Dantas.
Agradeço também, a você que um dia
ler esse trabalho, pois tudo que foi escrito na coletânea “Pousada Casa de Taipa, Num Tripé de Poesia”. Foi vivenciado por
esse poeta em novembro de 2012.
Que Deus ilumine a vida de
todos(as).
12.
Flávio Dantas / O
Poeta do Povão Jaçanã-RN
Email: flaviodantas35@yahoo.com
Blog:
flaviodantasrn.blogspot.com
Tel:
(84) 8841.9854 (84) 9643.9682
O
poeta nasceu na cidade de Campina Grande-PB, em 09/10/63,sendo filho de Edmundo
Dantas e de Severina Medeiros, é casado com Lucicléa e tem um filho chamado
Arthur.
Sempre gostou de escrever em forma de poesias, mas, só a partir de 2002
é que começou a guardar seus trabalhos, ultrapassando hoje, mil e cem escritos.
Esse é o de nº 343 impresso em cordel.
Esse cordel faz parte da coletânea “Pousada Casa de Taipa, Num Tripé de
Poesia”, onde o poeta mostra o potencial de uma pousada existente no
município de São Miguel do Gostoso,
no Estado do Rio Grande do Norte. Região de belas praias.
“Museu
Casa de Taipa”.
Coleção
Própria / Cordel
nº 343
Autor: Flávio Dantas
O Poeta do Povão
Jaçanã - RN /
novembro/2012.
Obrigado meu Deus pelo dom da vida
0 comentários:
Postar um comentário